sábado, 29 de setembro de 2012

Objetividade Jornalística I

Como foi discutido em sala de aula sobre a objetividade jornalística, tenho uma pequena sequência de posts sobre o assunto.

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O que dizer de objetividade jornalística? Ela existe?

Existe uma divergência de pensamentos sobre o assunto. Afinal, nós jornalistas trabalhamos com, nada menos, que a realidade. Nosso trabalho é fundamentalmente transmiti-la à sociedade da melhor maneira possível.
Mas como fazer isso sem ter a interpretação do jornalista? Ou sem a influência do meio burocrático em que o jornal se encontra?
É difícil responder à essas perguntas.
Em relação à primeira podemos dizer que aprendemos desde o primeiro período da faculdade a escrever os fatos e colocar a voz "na boca do outro", nunca na do jornalista, pois assim não terá a sua opinião na matéria. Por isso que valorizamos tanto nossas fontes, elas são a voz. 
Além disso existe a "apuração", um passo tão importante quanto o uso de fontes. Não adianta citarmos falas se não apuramos quem são e por que são importantes para aquela matéria.
Mas, mesmo assim, a construção do texto pode ser um tipo de interpretação. Afinal o jornalista que escolheu escrever daquela maneira, hierarquizar os fatos daquele jeito e etc.
Podemos encontrar matérias sobre o mesmo assunto, com os mesmos fatos, mas escritas de maneiras diferentes e que podem dar uma interpretação diferente para o leitor.
Cada jornal tem o seu tipo de texto e cada jornalista a sua maneira de escrever. Podemos ver a diferença clara nessas duas matérias: uma do G1 e outra do Estadão (clicar nos nomes para exibir as matérias). As duas falam sobre a morte do ex-diretor do New York Times, mas cada uma aborda o fato de uma maneira.

A objetividade jornalística está nos fatos. Nós temos que os apresentar à sociedade. E, assim, cada leitor deve interpretar de sua maneira o que o jornalista lhe "oferece".

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